sábado, 24 de julho de 2010

ROGÉRIO CENI: A VIBRAÇÃO DO MOSTRO CONTRA TUDO E CONTRA TODOS - 22/05/2010

 Rogéro Ceni: sua vibração transformou o time na Libertadores.

Desde o ano passado, as imprensas de São Paulo e do Rio de Janeiro, já sabiam quem seria o campeão da Taça Libertadores da América. Com base no que se publicava nos jornais, revistas e de forma absolutamente massante na TV, cheguei a pensar que não era mais necessário o campeonato e que deveriam dá-lo definitivamente ao(s) escolhido(s) pela mídia futebolística. Pois é... o mundo do futebol é algo fascinante por um motivo apenas: é dentro de campo e na bola, que as coisas se resolvem. E 2010 é mais uma prova incontestável disso!

Em meio a planos mirabolantes de times montados como verdadeiros “Frankensteins” (com muita força, pouca inteligência e grande teor afetivo), e principalmente cavalgando nestas “mídias” cuja vendagem de jornais e audiência de TV para as massas torcedoras, explica tamanho interesse em desprezar os demais concorrentes, para ressaltar o que havia de menor e mais tacanho dos “baluartes populares”, uma vez que, mais importante do que o planejamento dos clubes participantes como um todo, era o cotidiano (muitas vezes abaixo da linha do medíocre) dos clubes que vestiram a camisa das “cruzadas” pela “nação sofrida” a que representam. Mas os meandros do futebol vão além disso.

Nos bastidores do pais-escola da arte de jogar bola, lutas políticas e infindáveis tentavam a todo custo, tirar da cidade de São Paulo e mais especificamente do estádio do Morumbí, o direito a sediar jogos, pois interesses gerais para estádios novos, atravessavam a todo momento o caminho (a possibilidade de desviar recursos e favorecer outros clubes “interessados”). O clube, que paralelamente ao projeto da Copa, tentava montar seu time para disputar mais uma Libertadores, acabou por formar também seu “Frankenstein”. Mas existe uma diferença: o monstro quando não está sentado no colo de uma imprensa, por não ter a mesma vendagem de jornais, imagens e programas como “os escolhidos”, precisa tirar do si próprio, algo diferente. E foi assim que aconteceu.

Longe de apresentar um futebol vistoso ou técnico, o São Paulo classificou-se em primeiro na fase inicial, podendo assim, a comissão técnica repensar sua forma de jogar, e os jogadores decidirem se vestiriam a camisa ou não. Mas ainda não havia sido o suficiente. Nas oitavas, um empate sofrido e sem gols, em Lima, no Peru, diante do enjoado Universitário, decidimos a vaga em casa. E neste momento, após novo empate e com a decisão indo para os pênaltis, é que as coisas começaram a mudar: diante de quase 44 mil pessoas, Rogério Ceni, símbolo do time, perdeu a primeira cobrança. O silêncio foi absoluto. Quando ele recostou sua cabeça na trave e conversou alguns segundos consigo, uma nova história começava. O tricolor venceu esta decisão e, o goleiro apresentou o saldo de dois pênaltis defendidos. E o espírito de equipe e a história de conquistas, renasceu!

Nosso algoz de 2009 , o Cruzeiro, valendo-se de um Mineirão lotado, nos apertou no primeiro jogo das quartas. Mas a estréia de Fernandão e a grande atuação da defesa, nos garantiu outro jogo sem levar gols, mas com dois marcados: Hernanes de Dagoberto. Até que no jogo da volta, apresentando sua melhor partida na competição, fizemos novamente 2 a 0 e, novamente com participação incrível de Fernandão e gols de Hernanes e Dagoberto. Agora nos resta o Internacional, que nos derrubou em 2006. Só que a arma que eles usaram, agora é nossa!

Independente de conquistar ou não este título, os adversários que não derrubamos, caíram por si. Em nosso FRANKENSTEIN, cada pedaço do corpo se reconheceu como parte, tem adquirido inteligência e dosado a força. E mais importante do que tudo isso: vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube, tricampeão da Libertadores da América. Tu és forte, tu és grande!
Por Adriano Tardoque

Um comentário:

  1. Muito phoda teu comentário, irmão. Que nosso Frankenstein realmente prevaleça.

    Abs e saudações tricolores.

    http://liveinmyway.blogspot.com/

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